Setembro 2011 - LEYA BIS – LIVROS DE BOLSO

WILLIAM GOLDING NASCEU HÁ 100 ANOS

William Golding, Prémio Nobel de Literatura em 1983, nasceu há 100 anos, em Newquay, Inglaterra.

William Golding tornou-se mundialmente famoso com o seu romance O Deus das Moscas, considerado por diversos críticos como uma das melhores obras do século XX, tendo vendido milhões de exemplares em todo o mundo e sido adaptado para o cinema.

Faleceu a 19 de junho de 1993, vítima de insuficiência cardíaca.

O seu centenário foi assinalado este fim de semana com uma conferência internacional, que decorreu na Universidade do Exeter, em Cornwall, e que contou com a participação da sua filha, Judy Carver, e John Carey, autor da primeira biografia dedicada a William Golding.

GONÇALO M. TAVARES FINALISTA DO PRÉMIO PORTUGAL TELECOM DE LITERATURA 2011

O escritor português Gonçalo M. Tavares, com Uma Viagem à Índia, é um dos dez finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura 2011. João Tordo (com As Três Vidas) também faz parte da lista, que inclui ainda os brasileiros Alberto Martins (Em Trânsito), Donizete Galvão (O Homem Inacabado), Elvira Vigna (Nada a Dizer), João Almino (Cidade Livre), José Castello (Ribamar), Marina Colasanti (Minha Guerra Alheia), Ricardo Aleixo (Modelos Vivos) e Rubens Figueiredo (Passageiro do Fim do Dia).

O vencedor do Prémio Portugal Telecom 2011, que será atribuído em novembro, em São Paulo, receberá 100 mil reais (cerca de 42 mil euros). No entanto, o segundo (14 800 euros) e o terceiro (6300 euros) também são distinguidos financeiramente.

Em 2010, o Prémio Portugal Telecom de Literatura foi atribuído a Chico Buarque, pela obra Leite Derramado, tendo Nuno Ramos, Cristóvão Tezza, Gonçalo M. Tavares, Milton Hatoum, Amílcar Bettega Barbosa, Paulo Henriques Brito e Bernardo Carvalho vencidos as edições anteriores.

TEATRO SÃO LUIZ ABRE TEMPORADA COM LOBO ANTUNES

A obra de António Lobo Antunes será o tema de abertura da temporada do Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, marcada para 15, 16 e 17 de setembro, dias em que haverá espaço para espetáculos teatrais, cinema, o lançamento de um livro e uma mesa-redonda. Um programa inteiramente dedicado ao escritor português sob o título Deste Viver Aqui Neste Palco Escrito.

Nas palavras de José Luís Ferreira, diretor artístico do São Luiz, "não se lê António Lobo Antunes. Viaja-se por dentro das suas ficções poéticas como quem se deixa transportar por um fio de memória. Vive-se empolgadamente, ou desoladamente, a ação dramática que a cada momento descola do exercício narrativo. Pode parece mental, mas é visual, teatral, cinematográfico, musical. Por isto e por tudo – porque Lobo Antunes é um dos grande autores universais e temos o privilégio de o ter connosco na mesma cidade onde vivemos, porque lê-lo é lermo-nos nas nossas vidas das últimas décadas, ou simplesmente porque é um prazer – faz-nos pleno sentido abrir a mãe de todas as temporadas, nesta casa das artes do palco, com um programa dedicado à literatura."

Logo no dia 15 de setembro, quinta-feira, às 21h00, será levado à cena Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar?, um espetáculo de Maria de Medeiros, baseado no livro homónimo de António Lobo Antunes, editado em 2009 pela Dom Quixote. A adaptação, encenação e vídeo são de Maria de Medeiros e a peça conta com a interpretação da própria, de Gonçalo Távora Correia e Paxá, O Cavalo. Este espetáculo será repetido no dia 16 à mesma hora.

Ainda no dia 16, às 18h30, e dia 17, às 17h00, no Jardim de Inverno, José Neves fará uma leitura posta em som de Cartas de Guerra, livro que a Dom Quixote publicou em 2005 e no qual Lobo Antunes, então com apenas 28 anos, faz um relato quase diário dos cerca de dois anos em que cumpriu serviço militar, em Angola, durante o período da guerra colonial. A conceção deste espetáculo é de José Neves com interpretação do próprio e de Teresa Sobral.

Para dia 17, às 15h00, no mesmo local, está marcada a sessão de apresentação do livro Facts and Fictions of António Lobo Antunes, uma obra que reúne mais de vinte artigos de vários estudiosos da obra do autor, nacionais e estrangeiros. Este livro é uma edição do Centro de Cultura e Estudos Portugueses da Universidade de Massachussetts, EUA.

Também no dia 17, às 18h30, novamente no Jardim de Inverno, Maria Alzira Seixo, Eduardo Lourenço e João Lobo Antunes participam numa mesa redonda para discutirem e analisarem a obra de António Lobo Antunes.

Finalmente, às 21h30, na Sala Principal, é apresentado o filme de Solveig Nordlund, A Morte de Carlos Gardel, uma adaptação cinematográfica do livro do autor com o mesmo título, publicado pela Dom Quixote em 1994. No filme participam Rui Morrison, Carlos Malvarez, Teresa Gafeira, Celia Williams, Ruy de Carvalho, Joana de Verona, Elmano Sancho, Miguel Mestre, Ida Holten Worsoe, Carla Maciel, Diogo Dória, Teresa Faria, Cecília Henriques, Maria Arriaga, Albano Jerónimo e Maria João Pinho. Seguir-se-á uma conversa com a realizadora do filme, Solveig Nordlund, e o produtor, Luís Galvão Teles.

O novo livro de António Lobo Antunes, Comissão das Lágrimas, estará nas livrarias a 30 de setembro.

JOSÉ & PILAR É O CANDIDATO PORTUGUÊS AOS ÓSCARES

O documentário José & Pilar, de Miguel Gonçalves Mendes, é o candidato português aos Óscares de Hollywwod, informou o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).

Coproduzido pelos realizadores brasileiro Fernando Meirelles e espanhol Pedro Almodóvar, que são membros da Academia Americana de Artes e Ciências Cinematográficas, José e Pilar é um documentário sobre a vida em comum do escritor e Nobel português de Literatura, José Saramago, e da sua companheira de décadas, a jornalista e tradutora luso-espanhola Pilar del Río.

O filme foi o escolhido para representar Portugal na corrida à nomeação para Melhor Filme Estrangeiro, “por uma comissão composta por representantes de associações do setor, previamente submetida à aprovação da Academia Americana de Artes e Ciências Cinematográficas”, refere o ICA, em comunicado.

Estreado em Portugal, Espanha e Brasil, o documentário será distribuído nos Estados Unidos pela Outsider Pictures, que quer o filme também a concorrer aos Óscares na categoria de Documentário.

Porém, os candidatos aos Óscares de 2012, têm de ter estreado nos Estados Unidos até ao final de este ano. E o filme de Miguel Gonçalves Mendes tem a estreia nos EUA prevista apenas para abril.

A petição pública dirigida ao ICA que foi criada na Internet pedindo que José & Pilar fosse o candidato de Portugal a uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro somou, até hoje, 2439 assinaturas.

Os nomeados para os Óscares de 2012 serão conhecidos a 24 de janeiro. A cerimónia decorrerá no dia 26 de fevereiro em Los Angeles, Califórnia.

Portugal nunca conseguiu uma nomeação para o Óscar de melhor filme estrangeiro. Em 2010, o candidato de Portugal nesta categoria foi Morrer como um Homem, de João Pedro Rodrigues.

ROMANCE DE MIA COUTO EM DESTAQUE EM FRANÇA

O último romance de Mia Couto, Jesusalém (que recebeu em França o título L’accordeur de silences e foi editado pela Métailié), foi considerado um dos dez romances estrangeiros mais importantes da rentrée literária francesa, pela rádio France Culture e a revista Télérama.

Para além de Mia Couto, fazem parte da lista escritores como o norte-americano Jonathan Franzen, o israelita David Grossman e o japonês Haruki Murakami.

A MORTE DE CARLOS GARDEL – TRAILER DO FILME BASEADO NA OBRA DE LOBO ANTUNES

DESIGN DAS CAPAS DA BIS EM DESTAQUE NO ALMANAQUE SILVA

Nos cartazes do Teatro São Luiz, ou nas capas da Coleção BIS, editada pelo Grupo Leya, que aqui nos ocupam, Rui Belo constrói preciosas imagens de uma grande qualidade plástica e metafórica, em sóbrio preto e branco pontuado a cor, marca inicial da coleção. As imagens de síntese ampliam a qualidade metafórica e o impacto visual, atributos do aguçado engenho conceptual e da apurada destreza oficinal do designer e mantém-se nas ilustrações a cor, mais recentes. As capas encerram essa preciosa virtude que é a de serem todas diferentes e, ainda assim, capazes de conservar uma ideia de conjunto (paradigma clássico do capismo). Esta nova demanda pela diferença e espetacularidade é hoje um requisito fundamental para a indústria do livro, que atravessa uma profunda crise de identidade e sustentabilidade comercial.

Podem ler o post completo sobre Rui Belo, autor das capas da BIS, no blogue Almanaque Silva, dedicado às "histórias da ilustração portuguesa", aqui.

LIVROS DA BIS NO TOP LIVRARIAS LEYA E PARCERIAS

1º. O Céu Existe Mesmo, Todd Burpo (Lua de Papel)
2º. Memorial do Convento, José Saramago (Caminho)

3º. Enquanto Salazar Dormia, Domingos Amaral (BIS)
4º. Vida sem Limites, Nick Vujicic (Caderno)
5º. A Opereta dos Vadios, Francisco Moita Flores (Casa das Letras)

6º. Capitães da Areia, Jorge Amado (BIS)
7º. Ouvir, Falar, Amar, Laurinda Alves (Oficina do Livro)

8º. Os Homens que Odeiam as Mulheres, Stieg Larsson (BIS)

9º. O Cego de Sevilha, Robert Wilson (BIS)
10º. Salazar e a Conspiração do Opus Dei, António José Vilela (Casa das Letras)

AUTORES DA BIS NO MAIOR EVENTO LITERÁRIO DO BRASIL

Gonçalo M. Tavares, Pepetela e Ondjaki vão estar presentes no maior evento literário do Brasil, a 15.ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que arranca hoje e se prolonga até 11 de setembro.

Contando com a presença de 150 autores brasileiros e 22 autores internacionais, são esperados mais de 600 mil visitantes, com estimativas a apontarem para vendas na ordem dos 2,5 milhões de exemplares.

“O Brasil passa por um ótimo momento no cenário internacional, tanto economicamente, quanto culturalmente. Com as homenagens agendadas nas feiras de Bogotá e Frankfurt, a Bienal do Livro do Rio não poderia ficar de fora e decidiu ter o próprio país como tema de sua 15ª edição”, adiantou Tatiana Zaccaro, da organização do certame, à Agência Brasil.

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