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O escritor Mário Cláudio vai estar hoje à conversa com Carlos Vaz Marques, em mais uma sessão do “Café com Letras”, organizado pela Câmara Municipal de Oeiras.
A sessão inicia-se às 21.30 na Biblioteca Municipal de Algés. A entrada é livre.
Com o romance A Menina é Filha de Quem?, editado pela Dom Quixote em outubro de 2011, a escritora Rita Ferro acaba de ser galardoada com o Prémio PEN Narrativa 2012. O júri, composto por Helena Barbas, Artur Anselmo e Fernando Dacosta tomou a decisão por unanimidade, considerando que, com este livro, a autora se debruça “corajosamente sobre uma época e uma geração malditas que contribuíram inevitavelmente para a matriz da nossa identidade”.
Em A Menina é Filha de Quem?, a viagem começa nos anos 50 e Rita Ferro atravessa uma época de obediência em que, apesar do meio artístico em que cresceu, a originalidade não é encorajada. As pessoas que povoam o seu imaginário são conhecidas: Fernanda de Castro, António Ferro, António Quadros, Ruben A., Almada Negreiros, Natália Correia, Ary dos Santos, David Mourão-Ferreira e até Fernando Pessoa. Não é um romance de Rita Ferro, é o romance de Rita Ferro. Por ela, respondem certas memórias: o primeiro amor na Primária, morto aos 7 anos; os namorados de verão; as primas direitas que perdem a vida num desastre brutal; as vezes em que ela própria se cruza com a morte; os avós, o pai e, sobretudo, a mãe, difícil de chorar, pois toda a vida a fez rir.
Rita Ferro nasceu em Lisboa. Estudou Design, especializou-se em Marketing, foi professora de Publicidade e exerceu funções de direção e consultoria em diversas empresas. Iniciou a sua carreira literária em 1990, arriscando um novo tipo de escrita feminina – sensível, intimista, geracional – que, tendo obtido um estrondoso sucesso e revolucionado o mercado literário português, conheceu inúmeros seguidores. Criou um estilo e, com ele, um novo género. Hoje, tendo já transcendido as questões femininas, ou não se esgotando nelas, distingue-se por uma técnica de narração mordaz e cativante, de grande versatilidade. Ao longo de mais de vinte anos, escreveu romances, cartas, biografias, livros de crónicas, literatura infantil e até uma peça de teatro. Além de presença regular na imprensa, foi apresentadora de televisão, cronista na rádio, júri literária e de festivais de cinema, e desenvolveu um curso inédito de Incentivo à Criação Literária, ajudando os candidatos à escrita a desobstruir os censores da consciência e a libertar a imaginação. Em 2009 integrou o conselho consultivo da recém-criada Fundação António Quadros, Cultura e Pensamento, dedicada à memória de seu pai.
Os seus livros estão editados em Espanha, Brasil e Croácia.
Inserida no projeto “Oficina Saramago”, decorre hoje, às 18h00, no Auditório da Cooperativa Cultural Popular Barreirense, no Barreiro, a conferência “José Saramago: o romance contra a ideologia”.
A conferência será proferida por Teresa Cristina Cerdeira, da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cuja tese de doutoramento em José Saramago foi “José Saramago: entre a história e a ficção, uma saga de portugueses”.
À conferência seguir-se-á um momento musical com Beat Box por Edu e dança contemporânea pela GRIOT.
Depois da entusiástica receção com que foi acolhido, pela imprensa francesa, a tradução de Uma Viagem à Índia, a obra de Gonçalo M. Tavares é agora recebida com a mesma admiração nos Estados Unidos.
Num artigo recente da The New Yorker, Mark O’Connell, escreve a propósito da tetralogia O Reino (constituída por A Máquina de Joseph Walser, Um Homem: Klaus Klump, Jerusalém e Aprender a Rezar na Era da Técnica): “[Gonçalo M. Tavares] é um escritor diferente de tudo o que lemos até hoje. Ele tem o dom – como Flann O’Brien, Kafka ou Beckett – de mostrar a forma como a lógica pode servir eficazmente tanto a loucura como a razão. Os seus livros podem ser gélidos e desolados mas são, por essa razão, estimulantes de uma maneira que só a obra de um artista poderosamente original o pode ser.”
Pode ler o artigo completo da The New Yorker aqui.
Gonçalo M. Tavares está atualmente em digressão pelos EUA para promover The Neighborhood, a tradução para inglês da série de livros inspirada por figuras literárias: os senhores Calvino, Valéry, Juarroz, Kraus, Walser e Henri.
Hoje, 26 de outubro
14h30 – Inauguração da exposição de Arte Pública (Praça do Município)
21h00 – Lançamento do livro Não É Meia Noite Quem Quer, de António Lobo Antunes, apresentado por Ana Paula Arnaut (Museu Municipal de Penafiel)
Sábado, 27 de outubro
15h00 – Conferência “Escritaria, Vida e Obra de António Lobo Antunes” (Museu Municipal de Penafiel)
17h00 – Atribuição do prémio de jornalismo “Escritaria” (Museu Municipal de Penafiel)
Domingo, 28 de outubro
15h00 – Lançamento do livro Escritaria, Mia Couto Vida e Obra, apresentado por Zeferino Coelho (Museu Municipal de Penafiel)