Dia António Lobo Antunes no CCB
No passado domingo celebrou-se o Dia António Lobo Antunes no Centro Cultural de Belém. Podem ver o vídeo do evento aqui.
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No passado domingo celebrou-se o Dia António Lobo Antunes no Centro Cultural de Belém. Podem ver o vídeo do evento aqui.
Depois da estreia da versão de rua no Festival Imaginarius e da apresentação da versão de sala no São Luiz Teatro Municipal – ambos coprodutores desta criação – a peça Jangada de Pedra, baseada na obra homónima de José Saramago, apresenta-se agora na sua versão rural, em Vale dos Barris, Palmela. Aqui os espectadores bem abrigados poderão observar a viagem vertical que decorre à sua frente, ao ar livre, onde seis peronagens questionam uma Europa dividida, procurando encontros inusitados e o rasto de uma utopia.
De 30 de outubro a 10 de novembro, na Quina do Vale dos Barris, em Palmela.
Saiba mais aqui.
Depois de já ter sido distinguido com o Prémio Literário Fernando Namora, o romance de José Eduardo Agualusa, Teoria Geral do Esquecimento, publicado pela Dom Quixote, foi agora nomeado finalista do Prémio PEN de Narrativa, referente a 2012, cujo vencedor será conhecido a 30 de outubro.
As outras obras finalistas são: Da Índia, com Amor, de Júlia Nery; E a Noite Roda, de Alexandra Lucas Coelho; Todas as Cores do Vento, de Miguel Miranda; e Travessa d'Abençoada, de João Bouza da Costa.
O júri do Prémio PEN é presidido por Manuel de Queiroz e constituído ainda por Carlos J. F. Jorge e Júlio Moreira.
Os Prémios PEN têm o valor pecuniário de 5000 euros.
O PEN (Poetas, Ensaístas, Novelistas) Club foi constituído legalmente em Portugal em 1979, fazendo parte do PEN Club Internacional, que é a maior e a mais antiga organização de escritores do mundo, que foi criada em 1921, por escritores ingleses e o seu primeiro presidente foi John Galsworthy, Prémio Nobel em 1932.
O Prémio PEN Narrativa do ano passado foi atribuído a A Menina é Filha de Quem?, romance autobiográfico assinado pela escritora Rita Ferro.
27 outubro de 2013 – 14h00 às 19h00
Pequeno Auditório
Entrada Livre
«António Lobo Antunes (1942) afirma-se como um ávido revelador do que a vida sistematicamente esconde. Para além do superficial dos acontecimentos, o romancista recorda, invoca, interpreta, aventura-se no próximo, no incerto e no desconhecido. E vêm à memória amigos, desaparecidos, mas presentes, como José Cardoso Pires e Ernesto Melo Antunes… A vida entretece-se de amizades. Harold Bloom fala misteriosamente de “one of the living writers who will matter most”. George Steiner considera-o como “heir to Conrad and Faulkner”. O certo é que a sua escrita atrai, porque é inusitada e pertinente, luminosa e obscura. Que é a vida senão um mundo de contradições? Quaisquer elogios passageiros nunca permitirão entendê-lo. Um dia disse: “Quando lemos um bom escritor é para nos conhecermos a nós mesmos”. Essa a grandeza da literatura, a de ser um revelador da existência. É fundamental ler António Lobo Antunes, para quem é insuportável aceitar a mediocridade e ouvir dizer “somos um país pequeno e periférico”…»
Guilherme Oliveira Martins
Programa:
15h00 ABERTURA
Guilherme d’Oliveira Martins
Vasco Graça Moura
15h15 A OBRA
Maria Alzira Seixo
Morar no Lume. Imagística do Fogo na temática e construção do romance em António Lobo Antunes.
Agripina Carriço Vieira
Rezas, santos, aparições e outras religiosidades na ficção de António Lobo Antunes.
Norberto do Vale Cardoso
A sombra de António Lobo Antunes: uma luz nas trevas.
Ana Paula Arnaut
A ficção de António Lobo Antunes: o romance no fio da navalha.
16h15 PAUSA
16h45 O ESCRITOR VISTO PELOS SEUS LEITORES
Maria Rueff
Harrie Lemmens
O Rumor dos Passos.
Frei Bento Domingues
Deus e os Direitos de Autor.
17h45 António Lobo Antunes
O filme Enemy, de Denis Villeneuve, uma coprodução canadiana e espanhola baseada no romance de José Saramago O Homem Duplicado, venceu o prémio Méliès d'Argent no Festival Internacional de Cinema Fantastico da Catalunha, em Sitges, sendo deste modo considerado o melhor filme fantástico europeu deste ano.
Com Jake Gyllenhaal no papel duplo do(s) protagonista(s), Enemy conta ainda no elenco com Sarah Gadon, Mélanie Laurent e Isabella Rosselini.
A estreia em Portugal está prevista para março ou abril de 2014, segundo informação da Zon Audiovisuais que vai distribuí-lo.
De Saramago foram já adaptadas para o cinema as obras A Jangada de Pedra, A Maior Flor do Mundo, Ensaio sobre a Cegueira e Embargo. O Evangelho segundo Jesus Cristo, adaptado pelo português Miguel Gonçalves Mendes, realizador de José & Pilar, chegará também em breve aos cinemas.
Pepetela – cujo novo romance, O Tímido e as Mulheres, foi recentemente publicado na Dom Quixote – é um dos autores convidados da FLICA (Festa Literária Internacional de Cachoeira), no Brasil, que se inicia hoje e termina no domingo, dia 27 de outubro.
O escritor angolano participa na mesa literária "Ndongo, Ngola, Angola, Bahia", no domingo.
O evento conta com nomes de peso da literatura brasileira, como Laurentino Gomes, Cristóvão Tezza e Joca Reiners Terron, e inernacional, como Kiera Cass, Sylvia Day e Jean-Claude Kaufmann.
No ano passado o evento contou com nomes como José Eduardo Agualusa e Inês Pedrosa.
Mais informações aqui.
Portugal será o país convidado da Mostra de Cinema Europeu, em novembro, em Segóvia, Espanha, com a projeção de filmes, debates e uma programação dedicada ao escritor José Saramago.
A oitava edição da mostra, que decorre de 13 a 19 de novembro, pretende dar a conhecer "um território vizinho que conseguiu um enorme prestígio no panorama cinematográfico internacional", com um cinema cuja sobrevivência "parece agora mais difícil que nunca", segundo nota de imprensa enviada à agência Lusa.
A decisão de ter Portugal como país convidado, surgiu depois de, no ano passado, terem exibido a longa-metragem Tabu, de Miguel Gomes, filme que "era quase uma homenagem ao cinema e que se ligava com a tradição cinematográfica do seu país".
Um país com um cinema "onde coexistem diferentes géneros e gerações de realizadores, filmes de entretenimento e filmes de autor", mas que está "ameaçado por outras formas de entretenimento e por problemas financeiros endémicos", sustenta a organização.
A secção oficial do festival, que integra várias produções europeias, terá quatro filmes portugueses premiados: o documentário E agora? Lembra-me, de Joaquim Pinto, A última vez que vi Macau, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, o coletivo Centro Histórico, de Pedro Costa, Manoel de Oliveira, Víctor Erice e Aki Kaurismaki, e As linhas de Wellington, de Valeria Sarmiento.
Na secção dedicada apenas a Portugal, a mostra contará com Singularidades de uma rapariga loura, de Manoel de Oliveira, Vai e vem, de João César Monteiro, Florbela, de Vicente Alves do Ó, Juventude em Marcha, de Pedro Costa, Call Girl, de António-Pedro Vasconcelos, e América, de João Nuno Pinto.
A programação deste ano terá ainda uma secção dedicada ao escritor José Saramago, Nobel de Literatura, que viveu entre Portugal e Espanha, onde morreu em 2010.
Em parceria com a Fundação José Saramago, serão exibidos filmes adaptados de obras do escritor: Ensaio sobre a cegueira, de Fernando Meirelles, Jangada de Pedra, de George Sluizer, e Embargo, de António Ferreira, a partir de um conto do autor.
A eles junta-se ainda o documentário José & Pilar, de Miguel Gonçalves Mendes, assim como 1900, de Bernardo Bertolucci, e Morangos silvestres, de Ingmar Bergman, por afinidades afetivas.
Haverá ainda uma conferência sobre o cinema português e Espanha, com a participação do produtor e realizador Rodrigo Areias, e outra sobre a relação de Saramago com o cinema.
A Cinemateca Portuguesa coproduzirá uma exposição com 54 fotografias de rodagens de filmes portugueses, entre 1920 e 1996, e o Instituto Camões coproduzirá outra mostra, fazendo uma retrospetiva do cinema nacional.
A Mostra de Cinema Europeu de Segóvia terá ainda uma atuação de fados pela cantora espanhola Névoa, e uma prova de vinhos e queijos de Portugal e Espanha.
O grupo de teatro dos Plebeus Avintenses vai interpretar a peça A Noite, de José Saramago, no Festival Teatro Amateur de Leganés, na comunidade de Madrid, no dia 26 de outubro, na sala do Teatro José Monleón.
O espetáculo, que os Plebeus Avintenses têm vindo a apresentar com bastante êxito e lotações esgotadas nos últimos meses, quer na sala da coletividade quer noutros palcos, foi selecionado para este festival espanhol de teatro amador que começou no passado dia 4 e se prolonga até 16 de novembro.
Esta encenação de Eduardo Freitas coloca em cena 18 atores que interpretam a peça escrita por José Saramago sobre a noite de 24 para 25 de abril de 1974 na redação de um jornal de Lisboa.