Antonio Tabucchi homenageado pelo Instituto Italiano de Cultura no dia em que completaria 69 anos
O escritor Antonio Tabucchi, falecido em março, em Lisboa, vai ser homenageado hoje, no dia em que completaria 69 anos, pelo Instituto Italiano de Cultura, numa sessão com a presença de escritores e artistas.
De acordo com a entidade, a homenagem ao romancista, crítico e professor italiano decorrerá a partir das 19h00, no Instituto Italiano de Cultura de Lisboa (ICC).
Na sessão estarão presentes para apresentar testemunhos sobre Antonio Tabucchi, a professora Maria José de Lancastre, o artista Davide Benati, o escritor Andrea Bajani e a professora Clelia Bettini.
Davide Benati vai expor algumas das suas obras que inspiraram Tabucchi nos seus livros, e os outros convidados lerão textos de homenagem ao escritor italiano, nascido em Pisa, a 24 de setembro de 1943, e falecido em Lisboa, a 25 de março de 2012.
"Foi um dos melhores escritores contemporâneos e um intelectual rigoroso e apaixonado. Grande conhecedor da língua e da cultura de Portugal, ocupou-se especialmente de traduzir o escritor Fernando Pessoa", sublinha, numa nota, o IIC.
Professor de Língua e Literatura Portuguesa desde 1973 na Universidade de Bolonha, depois em Génova e Siena, vivia entre Itália e Portugal, o seu país de adoção, onde veio a falecer. Tinha adquirido nacionalidade portuguesa em 2004.
Entre outros, escreveu Nocturno Indiano (1984), que recebeu o Prémio Médicis em 1987, Pequenos Equívocos sem Importância (1985), O Fio do Horizonte (1986), Os Voláteis do Beato Angelico (1987), Chamam ao Telefone o Senhor Pirandello (1988), O Anjo Negro (1991), Sonhos de Sonhos (1992), Os Três Últimos Dias de Fernando Pessoa (1994), A Cabeça Perdida de Damasceno Monteiro (1997), Está a Fazer-se Cada Vez Mais Tarde (2001), Tristano Morre (2004) e O Tempo Envelhece Depressa (2009).
O livro Afirma Pereira (1994) recebeu o Prémio Internacional Jean Monnet em 1995, e Requiem (1992), escrito em português, foi premiado pelo Pen Club.
Com Maria José de Lencastre dirigiu e traduziu a edição italiana das obras de Fernando Pessoa, sobre o qual escreveu vários ensaios (Un baule pieno di gente, 1990) e traduziu a poesia de Carlos Drummond de Andrade (Sentimento del Mondo, 1987).
Nocturno Indiano e Afirma Pereira foram adaptados para o cinema.