Uma versão “extremamente simples, mas deliciosa”, cantada em português, é como o maestro João Paulo Santos descreve a ópera O Gato das Botas, que estreia amanhã no Teatro Camões, em Lisboa.
Escrita pelo catalão Xavier Montsalvatge na década de 1940, baseada no conto homónimo de Charles Perrault, a ópera destina-se ao público infantil, tem pouco mais de uma hora de duração e conta com “momentos poéticos, sérios, de ballet, duetos, árias e momentos descritivos”, disse à agência Lusa o maestro João Paulo Santos.
“A preocupação era fazer uma coisa direta e não a de que estávamos a fazer uma coisa filosófica ou complicada, daí que tenhamos procurado um tom muito natural e direto o tempo todo do espetáculo», acrescentou o diretor musical.
Xavier Montsalvatge "não abdicou em nada da sua linguagem pessoal, apesar de ter usado sempre formas curtas para contar a história de modo a não saturar as crianças", referiu João Paulo Santos.
Com encenação de Emilio Sagi, a ópera que sobe agora ao palco do Teatro Camões tem versão portuguesa do maestro César Viana e conta com cenografia e figurino da designer de moda Agatha Ruiz de la Prada, uma vez que se trata de uma versão da produção estreada em 2005 no Teatro Real de Madrid, em Espanha.
O espetáculo conta com a participação de uma orquestra de câmara com cerca de vinte elementos, com instrumentistas da Orquestra Sinfónica Portuguesa, cinco cantores e quatro bailarinos.
No papel de gato vai estar Ana Franco, no de princesa Lara Martins, cabendo a João Merino a interpretação de moleiro e a João Oliveira o de ogre.
A ópera estreia às 16h00 de sábado e conta com récitas nos dias 11, 17 e 18, à mesma hora, nos dias 13 e 22, às 20h00, e no dia 20 às 21h00.
Nos dias 14 e 16 haverá espetáculos para escolas, às 15h00, e no dia 21, às 11h00, também para escolas. No dia 20 de dezembro haverá também espetáculo, constituindo este a Gala de Natal da Fundação EDP.