Apesar de já se terem passado mais de vinte anos da sua morte, o escritor argentino Jorge Luis Borges continua na ordem do dia.
Esta semana foi leiloado em Nova Iorque, pela Bloomsbury Auctions, um auto-retrato do autor. A pedido de Burt Britton, um barman e livreiro de Nova Iorque, Borges, que já era cego na altura , desenhou o seu próprio retrato. Podem ler toda a história deste retrato e do encontro de Borges com Burt Britton aqui.
Para além disso, encerra hoje na cidade de Léon, em Espanha, a exposição El atlas de Borges. A exposição, que já passou com grande sucesso por cidades como Buenos Aires, Paris, Berlim ou Genebra, reúne mais de 130 imagens do álbum pessoal de Jorge Luis Borges e de María Kodama, viúva do escritor, que recriam os passos do casal através de meio mundo.
A mostra, baseada no livro Atlas, que Borges escreveu em colaboração com Kodama e seguindo o estilo labiríntico da sua obra, recolhe as imagens das viagens do casal pelo mundo, acompanhadas por textos do autor publicados em diferentes obras e ambientadas com o som de tangos.
Durante a exposição, María Kodama revelou que Borges não recebeu o Prémio Nobel, apesar de ser um dos maiores escritores do século XX, por "questões políticas", porque "a sua forma de pensar não agradava, não interessava e não podiam premiá-lo".
A viúva do autor anunciou também que a pré-inauguração do Museu Borges de Buenos Aires está prevista para meados de Novembro, como forma de homenagear o escritor argentino no ano em que se celebra o 110.º aniversário do seu nascimento.
O Museu está localizado na Fundação Internacional Jorge Luis Borges e nele se exibirão fotografias, livros, primeiras edições e todos os pertences do autor.
A inauguração oficial terá lugar no próximo ano.