Em cima da mesa tem o computador portátil e no bolso traz o caderninho de apontamentos. Os instrumentos para guardar as ideias que vão surgindo estão sempre por perto. Mia Couto acredita nas virtudes do esquecimento, como adiante se verá, mas já há muito descobriu que existem pequenos relâmpagos que têm de ser guardados para não se perderem. É a partir deles que escreve os seus livros, como o mais recente Jesusalém, tentando cada vez mais fugir à sua facilidade de brincar com as palavras. Tentando esquecer, na medida do possível, a imagem que criou de si próprio enquanto escritor.
Entrevista a Mia Couto conduzida por Carlos Vaz Marques, publicada na Ler de Outubro e que o blogue da revista disponibiliza agora.
Podem fazer o download da entrevista na íntegra aqui.